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Terapia Sexual

 A Terapia Sexual busca resgatar o prazer, aumentar a satisfação sexual, amenizar o sofrimento e reestabelecer a função ou comportamento sexual desejado. Compreendendo o padrão que traz prejuízo e/ou não permite que o ciclo da resposta se cumpra satisfatoriamente, identifica-se o ponto de mudança necessária e são colocadas em prática estratégias para o rompimento do padrão disfuncional, substituindo-o por um novo padrão satisfatório e funcional, com exercício saudável da sexualidade.

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A Terapia Sexual é indicada para o tratamento de queixas sexuais tanto masculinas quanto femininas. Sua base científica permite a compreensão aprofundada da sexualidade, como as diferenças da sexualidade entre os gêneros e particularidades a serem observadas no tratamento, enquanto o adequado uso de técnicas específicas promove as mudanças necessárias, ensejando resultados satisfatórios e duradouros. As causas mais comuns para procura de terapia sexual são:

Perda de Ereção

Quando há desejo, mas existe dificuldade em ter ou manter a ereção durante o ato sexual.

Anorgasmia

Quando existe dificuldade em alcançar orgasmo, que é menos intenso, não ocorre ou demora muito.

Ejaculação Precoce

Quando o tempo da prática sexual fica aquém do desejado devido a falta de controle ejaculatório.

Dor na relação

Quando dor ou desconforto impossibilita a penetração ou está presente durante o intercurso sexual.

Diminuição do Desejo

Quando não há interesse, fantasias, pensamentos ou disposição para prática sexual, mesmo após carícias.

Compulsão sexual

Quando há padrão de dificuldade de controlar os impulsos sexuais, seja sexo, masturbação ou pornografia.

Como funciona a Terapia Sexual?

Na terapia sexual pautada na abordagem cognitivo-comportamental, são mapeadas as relações entre pensamentos, emoções e comportamentos sexuais, para entender como eles se influenciam. Isso permite compreender padrões funcionais ou disfuncionais e delinear aspectos importantes a serem manejados, como impacto das queixas sexuais nas outras esferas da vida individual ou do casal, para formular intervenções mais eficazes. Nesse sentido, é importante que o profissional tenha tanto domínio da técnica e da teoria ligadas à sexualidade, que hoje em dia é compreendida como fruto de um processo de aprendizado sobre os significados socialmente atribuídos ao sexo biológico. 
 

Logo nas primeiras sessões pode ser realizada a psicoeducação (compartilhamento de informações) sobre o processo terapêutico da terapia sexual como sobre questões acerca da anatomia e fisiologia sexual, diferenças entre a resposta feminina e a masculina e sobre o efeito da ansiedade e dos pensamentos negativos na sexualidade. A psicoeducação, aliada à conceitualização cognitiva (relação de padrões), permite a discussão sobre mitos e crenças em sexualiade, o que abre espaço para repensar o contexto sexual.


De acordo com cada caso, exercícios práticos (ou comportamentais) específicos podem ser prescritos em momento adequado, justamente porque a terapia sexual baseada na abordagem cognitivo-comportamental parte da premissa de que cognição, comportamento e emoção estão intrinsecamente ligados, e interferir em um pode ser uma via de acesso para a alteração dos demais, resgatando maior funcionalidade. Assim, as tarefas práticas - realizadas em casa - podem ser de auxílio para que novos comportamentos para atividades sexuais sejam desenvolvidos, criando-se estratégias para a resolução das disfuncionalidades.

 

Em muitos casos, o tabalhos de repensar e ressignificar a sexualidade deve ser realizado antes de exercícios comportamentais, justamente para que não seja mantidos, agravados ou construídos padrões disfuncionais que confirmem ou validem percepções e crenças que subsidiam a queixa e piorem o quadro (KNAPP et al, 2007). O trabalho com terapia sexual é complexo, exige experctise e, portanto, um profissional específico que domine o assunto.

Função Sexual e Disfunções Sexuais

Todos os indivíduos nascem com o potencial funcionamento sexual adequado. Os elos da cadeia da resposta sexual humana são reflexos, ou seja, são comportamentos respondentes, que naturalmente se manifestam quando há o estímulo adequado para tal. Desta forma, todos seres humanos estão aptos a cumprir o Ciclo de Resposta Sexual, que é a função sexual composta por uma sequência de fases: desejo, com o despertar para o estímulo; excitação, caraterizada pelo aumento gradual da tensão sexual e preparação do corpo para a prática sexual, com mudanças fisicamente perceptíveis; orgasmo, pelo qual há a liberação das tensões sexuais com contrações musculares reflexas e involuntárias por alguns segundos; e, por fim, resolução, período de retorno do corpo para o estado de repouso. 

​​​​​As disfunções sexuais são caracterizadas pela ausência ou funcionamento insatisfatório de alguma das fases do ciclo sexual humano, ou quando há dor associada ao ato, prejudicando o desenvolvimento do ciclo sexual. A disfunção sexual, portanto ocorre não de falta de capacidade para tais comportamentos, mas sim pela presença de um óbice que impede sua realização.​

 

As disfunções sexuais podem ter como base diferentes causas, tanto orgânicas (como diabetes, hipertensão, intervenções cirúrgicas, efeitos de medicamentos) quanto também de cunho puramente psicológico (vulnerabilidades psicológicas, medos e preocupações, insegurança, baixa autoestima, ansiedade, consumo excessivo de pornografia, histórico de traumas, crenças religiosas, famílias muito rígidas, desconhecimento sobre o próprio corpo e sobre sexo, dificuldades de relacionamento com a parceiria, entre outros). Ainda que a dificuldade do pleno exercício da função sexual seja de causa físiológica, a limitação gera mudança na percepção da sexualidade e isso impacta psicologicamente, fazendo com que o enfoque psicológico igualmente mereça atenção.

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Alice Touguinha Weidle
Psicóloga e Sexóloga
CRP 07/36477

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