Terapia Cognitivo-Comportamental

A Terapia Cognitivo-Comportamental clássica (TCC), formulada por Aaron Beck em1960, tem como premissa que a percepção que o indivíduo tem acerca de determinado evento exerce influência sobre suas emoções, comportamento e fisiologia. Desse modo, “não seriam as situações em si que determinariam o que as pessoas sentem, mas sim, suas interpretações acerca dessas situações”.

Compreendendo que pensamentos, emoções e comportamentos se influenciam entre si, a TCC propõe intervenções norteadas por três pressupostos básicos: (a) a atividade cognitiva influencia o comportamento; (b) é possível o monitoramento e alteração da atividade cognitiva, e; (c) o comportamento por ser modificado por meio de alterações na cognição. Dessa forma, mapeia-se o padrão disfuncional, identificando os pensamentos atrelados, compreendendo o seu significado e a relação com o comportamento adotado, para que sejam substituídos por novos padrões funcionais e saudáveis. ​​

Um dos principais princípios desta abordagem é o seu caráter educativo, porquanto a TCC “tem como objetivo ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção à recaída” (BECK, 2013, p. 29). Nesse sentido, a Terapia Cognitivo-Comportamental engloba a educação do paciente quanto ao seu quadro e foca na suas dificuldades e aspectos comportamentais e cognitivos para elaboração de estratégias que evitem aumentem a funcionalidade, obstem a progressão de episódios indedejados e crises, previnam recaídas e promovam o desenvolvimento e de melhora de habilidades. É um trabalho conjunto realizado entre terapeuta e paciente, tornando a terapia única para cada caso.